sábado, 28 de fevereiro de 2009

SOBRE CALVINO E “AS CIDADES INVISÍVEIS”

Enviados para inspecionar as províncias mais remotas, os mensageiros e arrecadadores de impostos de Grande Khan retornavam pontualmente ao palácio real de Kemenfu e aos jardins de magnólias em cuja sombra Kublai passeava enquanto ouvia os seus longos relatos
Ítalo Calvino, As cidades Invisíveis.

Nos primeiros encontros que tive com meu orientador, surgiu a história de Marco Polo, o viajante veneziano que, sob as ordens do imperador tártaro Kublai Khan, atravessou muitas léguas em várias viagens por cidades daquele império.
Ítalo Calvino, escritor italiano, na obra “As Cidades Invisíveis”, fala da fábula de Pólo por diversas cidades fictícias.
Foi esta narração de um viajante, e das suas cidades imaginárias, que inspirou o início do meu trabalho. Em uma analogia com as viagens de Polo, encontramos (eu e meu orientador) uma relação entre as cidades criadas por Calvino e os encontros de arquitetura. Cada encontro é percebido como uma cidade que não existe no mundo real. É uma cidade imaginaria. Surge então: “HUM”, a cidade do saber; “DOIS”, a cidade da diversidade; “TRÊS”, a cidade dos prazeres; “QUATRO”, a cidade dos modismos; “CINCO”, a cidade das artes; “SEIS”, a cidade da política; e, por fim, “SETE”, ou carinhosamente, o Templo.



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